segunda-feira, 30 de julho de 2012

P e r d e r

Meus olhos estão incrivelmente pesados,sempre preferi esconder o choro e deixa-lo pra mais tarde,ou quando eu estivesse sozinha e onde ninguém pudesse ver que eu também sofria com dada situação,mas desta vez eu me permiti -como se eu tivesse essa autonomia de me permitir- mas eu chorei,chorei muito,e não me arrependo porque como disseram pra mim:"Chora,porque teu choro te acalenta..."o problema nunca foi a perca em si,eu tenho certeza de que ele está em um lugar tão melhor do que este,o problema é eu ver quem eu amo sofrer,e ver minha mãe chorar,e ver o desespero da minha irmã,isso dói,dói muito,sim,a saudade também machuca,pensa eu me desacostumar desse costume de te ver,de te ter?
Quando a gente se desestrutura,é muito difícil se equilibrar novamente,mas ai vem os amigos te dão a mão e falam: eu te seguro,e as coisas ficam tão mais leves e mais fáceis de ser levadas,eu sou eternamente grata a todos os abraços que recebi,parece que minha dor foi distribuída e já não era tão amargo de continuar ali,quantos sorrisos eu não dei quando vi aquele bando de palhaços,que mesmo não estando vestidos de palhaços me fizeram perceber que eu tenho em quem [des]contar.
A aceitação não é tão simples quanto parece,o que me ajuda muito é que na minha memória só há coisas boas,e é assim que eu vou me lembrar,como ter lembranças ruins quando se tem o melhor avô do mundo?

" Concedei-nos, Senhor, a serenidade necessária para aceitar as coisas que não podemos modificar,coragem para modificar aquelas que podemos e sabedoria para distinguir umas das outras."_Reinhold Niebuhr

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