quarta-feira, 2 de maio de 2012

Que mal fazia sua falta de brutalidade?

Viveria muitos anos,viveria um século,não queria morrer,um dia tomaria coragem,andaria com a cabeça levantada,seria um homem.Não, provavelmente não seria um homem,seria aquilo mesmo a vida inteira,afinal dizem que pra ser homem tem que falar grosso,levantar a cabeça e ter a certeza de que nunca erra,mas eu não sabia mandar,apenas pedia,sabia perfeitamente que era assim,acostumei com todas as injustiças,já havia me cansado daquelas perguntas sem respostas,havia muitas coisas,eu não poderia explicá-las mas havia,aceitava porque me diziam que era assim,e coisa distante e perfeita,não podia errar.O que desejava...Ah! Esquecia-se.Se não fosse isso...Ah! Necessidade!Descompunha porque podia descompor...Ah!Natural.Tudo em ordem.Podiam ver.Tinha culpa de não ser bruto? Quem tinha culpa? Se não fosse aquilo...Nem sabia.O fio da ideia cresceu,engrossou e partiu-se, difícil pensar.Sim,havia aquilo.Como era? Precisava descansar e aceitar que seriam pisados,maltratados,machucados por um destino já traçado,procurava desabafar,mas não encontrava ninguém,diligenciei para afastar a recordação,temendo que ela virasse realidade,como achei tudo em ordem queixei-me da vida...agora pensava nela com mau humor.

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